Como nós já
sabemos que existe um equívoco presente em nosso meio escolar entra classificar
e avaliar. O autor do texto LUCKESI, ele encontra maneiras para explicar bem
esse equívoco através de práticas da avaliação da aprendizagem no
desenvolvimento dos educandos. Onde a avaliação da aprendizagem escolar vai
adquirir seu sentido na medida que se articula com um projeto pedagógico e o
projeto de ensino.
No projeto pedagógico
vai ser definido uma identidade a escola e indicar caminhos para ensinar com
qualidade, na qual a comunidade escolar vai se reunir para propor propostas de
ação concreta e executar, para ajudar no processo de ensino e aprendizagem dos
alunos. Já no projeto de ensino, o professor ele é o principal elemento do
processo de ensino e aprendizagem, pois é ele que vai determinar o que pode ser
ensinado e pesquisado com a intenção de promover aos alunos a aprendizagem. E é
nesse processo que o docente vai ter a possibilidade de monitorar e avaliar seu
trabalho, para saber se está sendo adquirido de forma correta pelos alunos,
caso não aconteça, ele deve encontrar outras maneiras que facilite esse
processo de aquisição do conhecimento.
Então, no
decorrer do texto o autor aborda a prática de aferição do aproveitamento
escolar, utilizando apenas os conceitos de verificação
e avaliação, na prática escolar com a
qual convivemos, e procurar uma configuração referente aos resultados da
aprendizagem dos alunos para saber se os professores utilizam a verificação ou
avaliação.
Fenomenologia da aferição dos resultados da aprendizagem escolar
Nesta prática de
aferição do aproveitamento escolar, o autor ressalta que os professores utilizam
três condutas, quais são: medida do aproveitamento escolar; transformação da
medida em nota ou conceito; utilização dos resultados identificados. E através
de uma análise fenomenológica, vamos identificar a qual conceito (verificação
ou avaliação) os professores utilizam através dos resultados da aprendizagem
dos alunos.
De
acordo com o primeiro procedimento, que é a medida do aproveitamento escolar, o
professor utiliza como padrão de medida o acerto
de questão, onde a medida da aprendizagem do aluno corresponde a quantidade de
respostas corretas, que ele obteve em um determinado conteúdo de aprendizagem,
na qual o professor está trabalhando. Mas atualmente essa medida foi
transformada em pontos, o que não
modifica o caráter de medida, uma vez que o acerto adquiriu a forma de ponto.
No
segundo procedimento do professor em relação à aferição do aproveitamento
escolar, tem sido a transformação da medida em nota ou conceito, essa
transformação se expressa por meio da qualidade que se atribui à aprendizagem
do educando, medida sob uma relação de
uma equivalência simples.
No
terceiro procedimento, o professor ele tem diversas atitudes comportamentais
diante do resultado obtido pelos alunos, onde simplesmente o docente pode
registrar a nota do aluno na caderneta; ou ele pode oferecer outra oportunidade
para o educando melhorar sua nota ou conceito; ou também pode atentar nas
dificuldades dos alunos e procurar trabalhar de outra forma para que eles
possam aprender o conteúdo.
Mas
nos dias atuais, o que vimos nas escolas, é que alguns professores só utilizam
a primeira e talvez a segunda, e raramente a terceira opção, pois a aferição da
aprendizagem escolar, é utilizada só para classificar os alunos em aprovados ou
reprovados, não se preocupa se o aluno aprendeu ou não o conteúdo.
A escola opera com verificação e não com avaliação da aprendizagem
De acordo com as escolas brasileiras, percebo
até mesmo na minha vida escolar, que as escolas operam com a verificação e não
com a avaliação da aprendizagem. Este fato fica mais claro ao observamos que os
resultados da aprendizagem dos alunos, tem como objetivo de classificação do
educando, em aprovado ou reprovado. Como já foi dito no tópico anterior, é
muito raro encontrar professor que foge desse padrão de verificação, e que faça
a aferição da aprendizagem pelo ato de avaliação.
Porém
esses raros professores, eles se preocupam com a efetiva aprendizagem, que é o
centro de todas as atividades do educador. Na qual, a avaliação, por sua vez,
consiste em analisar o processo progressivo e formativo da aprendizagem do
aluno, tendo como objetivo perceber tudo aquilo que o aluno aprendeu ou deixou
de aprender, dano oportunidades para que eles possam ter autonomia para
construir ou buscar o próprio conhecimento, jamais podendo implicar em um
simples processo classificatório de aprovação ou reprovação, mas sim um
processo de busca de resultados.
Encaminhamentos
Pelo fato que
vimos que a aferição da aprendizagem escolar era feita através de uma prática
escolar de verificação, o autor propôs alguns encaminhamentos para que possa
mudar essa percepção e melhorar a forma de condução do ensino escolar. Diante
do uso da avaliação, o autor propõe
que o uso da avalição seja feito de uma forma que desenvolva o conhecimento do
educando, saindo de um aspecto classificatório, e entrando num aspecto
direcionado na aprendizagem e seu consequente desenvolvimento.
Na perspectiva
do padrão mínimo de conduta, para que
essa avaliação seja utilizada de forma correta no contexto escolar, seria
interessante o docente estabelecer um nível de conhecimentos, habilidades e
hábitos que os alunos devem adquirir. Nesse caso, fugiria do método que nós
utilizamos no momento, que é de atribuir uma média mínima de notas aos alunos,
para um mecanismo no qual o professor iria detectar os níveis de compreensão de
cada aluno, de acordo com um determinado assunto estudado, para verificar se o
aluno aprendeu ou não o conteúdo.
Estar interessado em que o educando aprenda
e se desenvolva, é uma prática da avalição da aprendizagem que o docente
tem que ter interesse que o educando aprenda, nesse encaminhamento o importante
é que o docente sempre tem que está renovando sua metodologia, no caso que os
alunos não estejam compreendendo o assunto. Mas existem fatores que interfere
nesse processo, que é o baixo investimento, tanto financeiro como pedagógico.
Para que a
avalição se torne um instrumento auxiliar na prática educativa e na avaliação,
é importante que eles tenham um determinado rigor
científico e metodológico, pois eles sendo bem elaborados ajuda muito no
desenvolvimento de educando, portanto sem esse rigor a avaliação não terá seu
papel significativo no processo de aprendizagem do aluno.
Referência
LUCKESI, Cipriano Carlos. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p. 45-60.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p. 45-60.
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