terça-feira, 17 de novembro de 2015

MINHA HISTÓRIA DE VIDA ESTUDANTIL

O texto apresenta relatos sobre as práticas de avaliação vivenciadas no meu âmbito escolar, na qual grande parte da minha vida estudantil fui avaliado pelo método classificatório, onde na avaliação era de forma decorativa e repetida dos conteúdos trabalhados. 

Voltando no tempo, o que eu lembro no meu primário, ou seja, no pré I e pré II era o modo de como a professora elaborava as tarefas, sempre segui a mesma lógica, que era de cobrir e ligar as letrinhas e números, então foi nessa etapa da minha vida que eu comecei a conhecer as letras e os números, tempo que eu nem pensava que existia avalição, notas e ainda por cima reprovação. Nesse período, pelo motivo de não ter notas, com relação as atividades que eu fazia constantemente, o que eu posso dizer é que nas atividades feitas, tanto em sala de aula como também em casa, sempre estava relacionada a conceitos, como por exemplo: ótimo, bom, lindo, excelente e etc. Essas atividades que fazíamos, como pinturas, brincadeiras, as tarefas de casa ou de classes, sempre foram feitas acompanhada pelos nossos pais, mas sempre tinha o propósito de desenvolver nossas habilidades motoras e sociais.
No meu segundo ano na escolinha, me lembro até hoje o nome dela, que era “Escolinha o mundo infantil”, foi nela e através da “Tia” que era assim que nós chamávamos a professora, onde eu comecei a aprender as famílias das letras, ou seja, as silabas. Depois de ter aprendido todas as silabas, começamos a formar as palavras e não posso esquecer dos números, e nada mais além disso. Esse período, o que eu mais lembro são os cadernos de caligrafia, porque foram muitos que eu fiz, que era para deixar as letras mais legíveis. A nossa avaliação feita pela professora, era na base da verificação, onde eles observavam como estava o nosso processo, e sempre buscando desenvolver novas práticas, visando sempre a avalição a favor da aprendizagem e não a classificação, pois não existia provas.
Com meus 5 anos, eu fazia a alfabetização, foi aqui que comecei a copiar as palavras da lousa para o caderno e a praticar a leitura e escrita. Momento esse que foi muito gratificante, porque foi um grande avanço na minha aprendizagem. Um mundo novo surgiu diante dos meus olhos, onde no final dessa etapa eu já estava apto a ler textos. Com relação a avaliação da aprendizagem, continuou numa avaliação continua, onde o foco da avaliação era a favor a aprendizagem. Diante dessas expectativas que tivermos durante nosso primário, posso dizer que é um patamar muito importante, onde deve ser trabalhado de forma objetiva, porque essa é uma base para seguirmos para nossa segunda etapa da aprendizagem, que o ensino fundamental.
No ensino fundamental de 1ª a 4ª série (2º a 5º ano, como corresponde hoje), lembro que continuamos com uma única professora, onde ensinava todas as disciplinas. A cada ano letivo que passava me dava um medo do próximo ano, porque achava que seria mais difícil pelo motivo de estamos avançando de uma série para outra, e por isso a dificuldade aumentava. Foi nesse período que eu tive um choque de realidade, percebi que seria totalmente diferente de como era no primário, os professores tinham outra personalidade, as aulas passaram a ser mais especificas, onde eu tinha como objetivo de aprender tudo, para que no final do ano letivo seja aprovado. Agora sim, nós erámos avaliados, mas pelo modo classificatório através de notas, onde a professora utilizava provas, teste, atividades pontuadas e seminários para obter essa pontuação, fazendo a separação entre aqueles que tinha notas boas e notas ruins.
A partir do ensino fundamental que eu comecei a estudar em escola pública, mas pelo motivo de ser escola pública, onde a educação não é um mar de maravilhas, a professora não deixou de se importar pelo modo de como ia passar os conteúdos e se preocupava se nós estávamos aprendendo ou não, e sempre estava atenta, caso um aluno não estiver compreendendo, procurava maneiras novas que ajudasse nesse processo de assimilação. Mas o que deixava a desejar era o modo de avaliação, que era classificatório, onde o aluno assim mesmo não conseguisse compreender o assunto, correria o risco de ser reprovar e classificado como um aluno inferior.
Nas séries de 5ª a 8ª (6º a 9º ano, como corresponde hoje), momento esse que deixamos de ter um único professor, para ter um para cada disciplina, onde estávamos subcarregados com várias disciplinas. Tenho muitas lembranças dos modos como os professores utilizava os instrumentos de avaliação sem sala de aula, como história e geografia por exemplo, que eram disciplinas muito decorebas, na qual os professores passavam listas de questões enormes e nós alunos respondiam para estudar para a prova, nas quais apenas cinco questões caiam, e ainda mais, só estaria certa se a resposta tivesse de acordo com a resposta do educador, se não estivesse era considerada errada e não aceitava a opinião do aluno. Momento esse, que eu lembro que passava o dia todo estudando, na verdade decorando para sair bem na prova, e não correr o risco de ir para a recuperação e ainda de se sair mal e tiver média baixa, e consequentemente ser reprovado.
Depois que conclui o ensino fundamental, fui para outra etapa da minha vida que é o ensino médio, onde estávamos estudando sempre com um foco, que era de passar no vestibular, na qual utiliza o método classificatório para selecionar os alunos que tiveram melhores pontuação. A partir disso, que a nossa prática não foi mudada, porque a maioria dos professores utilizava questões de vestibulares na sua prática educativa para nos familiarizar, deixando a gente sempre seguir esse ato de avaliação, o classificatório e dano valor a exclusão dos alunos. Ato esse que mudava o processo de aprendizagem, pois os professores só se preocupavam com o vestibular, deixando a aprendizagem de lado.  Muitos também não ajudavam no processo de aprendizagem, porque não se preocupava se nós tínhamos dificuldades ou não, só passava o assunto e cabia nós aprender.
Mas não era todos os professores, eu tinha um professor que ele ensina Química e Matemática, o método que ele utilizava em sala de aula era bem desenvolvida, estava sempre utilizando métodos diferentes em suas aulas, deixando bem interativa. Dava para perceber que ele gostava de dá aula, sempre estava disposto de ajudar os alunos, desse modo eu ficava sem receio de chegar a ele e dizer que estava com dificuldade de entender determinado assunto. Até mesmo ele se dispõe em dá aula no sábado para tirar dúvidas, nós não éramos obrigados de ir, mas eu sempre está lá. Gostava muito das aulas dele, pelo motivo de sempre está disposto ajudar e ele fazia de tudo para ajudar os alunos, até mesmo ele fazia re:re: da recuperação para que todos ficasse na média, ajudava o máximo possível. Já tinha outros que era totalmente diferente, como meu professor de Física que não tinha nem prática pedagógica pronto, não dava aula direito e até mesmo sentia dificuldade de transmitir o assunto.
            Depois de 6 meses que eu concluo o ensino médio, eu entrei na universidade e lá eu vi que não é muito diferente do que eu vivi no ensino fundamental e médio, na medida que eu seguia dentro da universidade, os professores sempre utilizavam o método de avaliação classificatória, por meio das atribuições de notas. Não digo todos, existem exceções de alguns, onde realmente busca o aprendizado do aluno, propondo métodos que facilita esse processo de aprendizagem. Posso citar o professor Joseval, que ele está sempre procurando práticas fáceis e interativas que ajude no processo de aprendizagem dos alunos, uma das práticas mais comum dele e o método de refazer as atividades, caso a atividade não esteja de acordo com que foi pedido, dano a oportunidade de refaze-lo sem puni-lo na sua nota, e assim aprendemos a fazer de acordo com nosso erro.

            Portanto, só tive a consciência da importância da avaliação em minha vida, agora quando estou cursando a disciplina de Avaliação da aprendizagem com o professor Joseval, pois aprendi que somos avaliados a todo o momento, como eu fui avaliado em toda a minha trajetória estudantil. Mas isso não quer dizer que não tive professores que se preocupava com a construção do aprendizado em sala de aula, dependendo da metodologia que eles utilizaram, eu sempre fui avaliado. A partir de todas as minhas experiências vivida, posso dizer que a avalição é sempre necessária em nosso âmbito escolar, mas na verdade é que temos que deixar de lado esse ato classificatório e excludente e partirmos para um ato de diagnosticar  

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