terça-feira, 17 de novembro de 2015

SER PROFESSORA: AVALIAR E SER AVALIADA

                           
Síntese reflexiva do texto "Ser professora: avaliar e ser avaliada", onde autor destaca que a avaliação é um processo de interação entre o professor e os alunos, na qual a professora ao avaliar é avaliada; portanto esse processo tem que ser coletivo, cooperativo, solidário, capaz de promover um reflexão da experiência de quem ensina com o de quem aprende. 


            Avaliar, como tarefa docente, de fato não é uma tarefa nada fácil, pois existe vários tipos de questionamentos que o professor tem que ter em mente antes de se posicionar diante de um aluno. Por isso, é importante o professor sempre estar interagindo com a comunidade escolar, informando o comportamento de cada aluno em sala de aula, para em si procurar maneiras de como avaliar os alunos, pois existem muitos instrumentos de avaliação, mas é importante o professor sempre se perguntar, será que os instrumentos existentes são o bastante para avaliar um aluno? Ou será que é preciso propor outras maneiras? Um bom docente sempre estará preste a se perguntar esses tipos de questionamento.

            Em nossa realidade escolar, atualmente utilizamos a avaliação classificatória, apesar, que era pra ser uma atividade coletiva, onde todos os envolvidos na relação pedagógica estivessem juntos para encontrar meios que tornasse essa tarefa fácil de aplicá-la, pois dificilmente isso acontece, deixando ocorrer do modo tradicional, que é de atribuir valor aos alunos. Como consequência desse tipo de avaliação, onde o professor tenta classificar o aluno, de acordo com seu desempenho em qualquer tipo de instrumento de avaliação, é um método que não ajuda muito no desenvolvimento do aluno, pois ao tentar classificá-lo como bom ou ruim, o aluno tende a se sentir fora do contexto escolar, causando seu distanciamento com a escola.

            Saindo de uma avaliação onde o professor precisa se distanciar do aluno, pelo modo de que o aluno não pode interferir na avaliação, ou seja, que não exista uma relação intersubjetivas. Mas pra isso, o docente tem que garantir que esse modo utilizado, que é o classificatório, no seu processo tenha resultados positivos, no qual os alunos serão classificados e hierarquizados de acordo com seu desenvolvimento nas atividades realizada em sala de aula. Para uma avaliação quantitativa, que é uma avaliação onde pode analisar de modo geral o contexto escolar através da epistemologia positivista, que conduz uma metodologia em que a manipulação dos dados tem prioridade sobre a compreensão do processo. Onde na verdade, não importa se o aluno realmente aprendeu o conteúdo, o que importa é que ele tirou nota boa e se saiu bem nas avaliações.

A professora no espelho

O percurso mostra que a avaliação do rendimento escolar, ocorre devido à perspectiva classificatória, na qual não se refere a aprendizagem e ao ensino como processos interativos, mas sim ao rendimento como resultado verificável (Barriga, 2001). De acordo com a afirmativa do autor, posso dizer que esse método utilizado, favorece o distanciamento entre os participantes do processo de ensino-aprendizagem, onde visa julgar se o aluno aprendeu ou não, caso ele não estiver indo bem nas avaliações, sua punição é ficar em recuperação ou reprovado, mas se caso isso não aconteça sua recompensa é a aprovação.

Muitas vezes o papel do professor é transformar os alunos em objetos de conhecimento no processo avaliativo, para que eles sejam capazes de reproduzir tudo aquilo que foi dito pelo professor, sem a opção de interferir em momento algum para saber se realmente está entendendo o conteúdo. Servindo, só apenas como um material avaliativo no processo metodológico do professor, para mostrar que os alunos estão aprendendo mesmo o assunto de acordo com a metodologia utilizada pelo docente.

Essa relação no cotidiano escolar, mostra que o professor tem um grau de autoridade perante os alunos, impondo complexidade nas atividades, para que os alunos tenham uma dificuldade, em relação de como resolver as avaliações, trazendo nenhum conhecimento real e sim atrapalhando na assimilação do conteúdo.

Mas para que isso seja quebrado, é importante que o docente tenha uma relação maior de companheirismo e compreensão diante dos alunos, para que o trabalho entre eles seja um processo agradável de ser desenvolvido em sala de aula, pois a turma tendo um bom resultado, mostra que o professor soube trabalhar bem com a turma, e que seu desempenho está de acordo com os resultados, no qual pode ser medido, produzindo uma classificação na qual a professora é exposta. Portanto ao avaliar, a professora também está sendo avaliada.

Com vários tipos de instrumentos avaliativos existente, muitos são utilizados pelos professores para medir o grau de compreensão dos alunos, no qual eles consegue medir, classificar o conhecimento que o aluno adquiriu durante o aprendizado numa determinada disciplina. Mas, muitos professores não consegue encontrar outras maneiras de avaliar os alunos, pois estão acomodados com os quais existem.

Que respostas existem nas perguntas que faço?

Em todo momento do texto, a análise até agora sempre realiza evidencia diante a avaliação classificatória como um processo social, marcado pela dinâmica de produção de conhecimentos, onde o aluno é colocado em um determinado nível de acordo com o seu resultado nas atividades, portanto não se preocupa com os progressos de cada um, mas em mostrar os seus resultados de acordo com um padrão geral.

A terceira avaliação citada no texto é a avaliação qualitativa, que é um modelo que compreende que o aprendizado não está caracterizado por boas notas, mas sim pela compreensão e assimilação do objeto de estudo. Mas esse modelo de avaliação, continua sendo uma prática classificatória, a única diferença é que na avaliação classificatória, o aluno não podia interferir na avaliação, já na avaliação qualitativa, o aluno se vê como um participante ativo nesse processo de aprendizado, no qual se julgará perante sua consciência.

Desafios para uma prática tecida no cotidiano

            É na escola que os docentes encontram pistas e evidências de que a avaliação precisa ser transformada, e é diante de quem utiliza esse método, que a transformação ocorrerá mais rápido, pois são os professores que ver a necessidade de melhorar a avaliação, de acordo com o contexto escolar envolvido. Seria interessante procurar maneiras de avaliar o aluno ao todo, não só pelo método classificatório, onde as notas do aluno medi seu conhecimento. Mas também não excluir esse método, onde ele pode ser utilizado como mais um recurso auxiliar que forneça um retorno de como o avanço da aprendizagem do aluno.

Acredito eu, que esse método não seja tão eficaz e eficiente na hora de avaliar um aluno ou até mesmo o professor, pois deixa muito vago esse critério de avaliação por vários motivos, tais como, o aluno filou a prova; o aluno estava com problemas familiares durante a realização da prova e o aluno compreendia todo o assunto, mais no momento da prova deu um branco. Portanto, levando em consideração esses motivos, fica complicado um professor avaliar o aluno de acordo com a sua nota da prova, porém o docente não sabe por que motivo o aluno se saiu mal na prova.

Portanto, levando em consideração o texto por completo, eu posso ressaltar que a autora citou pontos muito importante em relação a avaliação, pois o termo avaliar na minha concepção e até mesmo na minha vivência escolar, a avaliação estava associada a fazer prova, fazer teste, atribuir notas, repetir ou passar de ano, onde a assimilação do conhecimento era pela simples transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser paciente e receptivo.

Referência Bibliográfica

ESTEBAN, Maria Teresa. Ser professora: avaliar e ser avaliada. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Escola, currículo e avaliação. 2.ed. São Paulo, Cortez, 2005, p. 13-37.

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