quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ESCOLAR

A discussão coordenada abaixo mostrou o quanto é importante a forma de apresentação dos resultados da avaliação proposta, mostrou também quais são as principais formas de apresentação e suas vantagens e desvantagens.
 

RECUPERAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A discussão coordenada apresentou o que seria o verdadeiro significado da recuperação da avaliação. Mostrando o significado e a importância, o compromisso e os níveis da recuperação.Como também a dificuldade e os problemas enfrentados na implementação.
 

FRACASSO ESCOLAR

A discussão coordenada do texto Fracasso Escolar mostra como alguns autores trata o fracasso escolar na educação, onde discute que ela está representado pela Reprovação e Evasão escolar. Depois levantam fatores que levam alunos se evadirem, fala da reprovação escolar, e em seguida são mostrados os fatores que podem contribuir para redução do fracasso escolar.
 

AVALIAÇÃO ESCOLAR E DEMOCRATIZAÇÃO: O DIREITO DE ERRA

A discussão coordenada abaixo mostrou como a democratização do direito de errar é necessário no ambiente escolar. Mostrando para que serve a avaliação escolar e sua práticas avaliativas na escola, e também foram apresentados os desafios e o quanto é importante o papel da escola.
 
O vídeo abaixo mostra como a avaliação escolar deve ser feita, não classificando os alunos e sim verificando; qualificando e apreciando qualitativamente. Como também as principais características e tipos de avaliação escolar.
 

NOÇÕES DE ERRO E FRACASSO NO CONTEXTO ESCOLAR: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PRELIMINRES

 

PROFESSOR ÁGUIA



Professor Águia
               
As águias são grandes predadoras voadoras diurnas da família Accipitridae. Como todas as aves predadoras, as águias possuem grandes garras para apanhar as suas presas e umas patas poderosas. Também têm uma visão incrível que lhes permite descobrir e seguir a sua presa a longa distância. As águias têm uma visão nítida a uma distância a mais de 500 metros. É do símbolo de numerosos organismos e nações, pois este animal representa as ideias de beleza, força e prestigio. Os romanos as utilizavam como emblema para os seus exércitos. A águia ensina o filhote a voar, mas ela não voa por ele, ela a empurra, faz com que ele confronte seus medos, incentiva, nunca desiste. O professor Águia é assim, ensina o que tem que ensinar para os alunos, passa o conhecimento, mas não faz pelo aluno, mesmo que o aluno não o saiba, incentiva, nunca desiste até que ele aprenda. Da mesma forma que águia nunca desiste até ver o filhote águia voar.
A Águia costuma está sempre nos bicos mais alto das montanhas, na qual tem uma visão privilegiada, onde o professor Águia tem diante do sistema de ensino. Sempre está atualizado nas mudanças que ocorrem no processo de ensino-aprendizagem e também nas atualizações dos seus materiais escolares. Quem já leu o texto sobre a capacidade de renovação das águias, sabe quando elas chegam aos quarenta anos, com suas unhas gastas, o bico curvado e as asas já pesadas, se vê diante de duas alternativas: deixar-se morrer, ou enfrentar um doloroso processo de renovação no alto de uma montanha. Nesse lugar, a águia bate o bico e contra a pedra até conseguir arrancá-lo. Com muita dor, espera nascer um novo bico e com ele arranca então suas velhas unhas, uma por uma. E quando lhe nascem unhas novas, ela arranca todas as penas do corpo. Depois que nascem as novas penas, a águia sai, então, para o vôo da renovação e vive por mais trinta anos.
Então, esse seria o processo que o professor Águia tem que fazer diante de um sistema ou prática avaliativa falha, que é o RENOVAR. Porém toda renovação temem os ricos que pode existir diante de qualquer mudança. Para isso, o professor Águia tem várias características que ajuda bastante nesse processo, que é: Estratégia, onde o professor vai definir a forma de atingir seus objetivos em sala de aula; Planejamento, que é planejar o modo de como vai chegar ao seu objetivo; Paciência, aguardar a hora certa; Confiança, acreditar sempre em sua capacidade de ensinar; Responsabilidade, ensinar os educandos até que cada um saiba do assunto e possa refletir esse manter com esse aprendizado e Determinação, tentar outros métodos de ensino, caso a prática utilizada não dê certo.



AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM - CIPRIANO LUCKESI

Nesse vídeo Luckesi fala algumas questões da avaliação da aprendizagem, como: os exames; as dificuldades dos alunos aprender; o fracasso escolar; a avaliação de larga escala; a curva de aproveitamento; a recuperação; o ato de avaliar e suas consequências no ponto de vista pedagógico e político, e o que deve ter nos instrumentos de avaliação. Na qual eu percebo que na prática cotidiana da sala de aula, a avaliação é um grande desafio para os educadores.

QUESTIONÁRIO DO ESTUDO DO TEXTO: SITUANDO O PORTFÓLIO

Estudo do Texto: Situando o portfólio

QUESTÕES
  1. O que é portfólio?
  2. Outras formas de denominar o portfólio?
  3. De onde se originou o uso do portfólio em educação?
  4. Diferença entre portfólio de arquivo de trabalhos?
  5. Alguns objetivos comuns quanto ao uso do portfólio.
  6. Cite os cinco elementos que o trabalho como portfólio oferece.
  7. Quais os princípios norteadores para o trabalho com o portfólio? Explique cada um deles.
  8. Segundo a autora Klenowski, o trabalho com o portfólio se baseia em seis princípios. Quais são?
  9. O trabalho com o portfólio pode ser feito por um professor ou somente por vários?
  10. Como ajudar os alunos avaliar o seu próprio trabalho com o portfólio?
  11. Quais os componentes de um portfólio?
  12. O professor deve inserir itens no portfólio do aluno?
  13. Quais alguns descritores de avaliação de portfólio em cursos superiores?
  14. Quais algumas dificuldades citadas pela autora na construção de portfólios nos cursos superiores?
  15. Trabalhar com o portfólio significa assumir riscos. Quais riscos a autora menciona no texto estudado?
RESPOSTAS
  1. É uma criação única porque o aluno seleciona as evidências de aprendizagem e inclui reflexões sobre o processo desenvolvido.
  2. O portfólio é um dos procedimentos de avalição condizentes com a avaliação formativa. Segundo Ferreira “é uma pasta de cartão usada para guardar papéis, desenhos, estampas etc.” Já Houaiss e Villar diz que é um conjunto ou coleção daquilo que está ou pode ser guardado num porta-fólio, ou um conjunto de trabalhos artístico.
  3. O portfólio é uma pasta grande e fina em que os artistas e os fotógrafos iniciantes colocam amostras de suas produções, as quais apresentam a qualidade e a abrangência do seu trabalho, de modo a ser apreciado por especialistas e professores.
  4. Um arquivo é um portofólio não são a mesma. Um arquivo é simplesmente uma coleção de trabalhos dos alunos. Já o portfólio é uma seleção refinada de trabalhos do aluno.
  5. Procuram motivar os alunos menos capazes ao fornecer-lhes “algo para mostrar por seus esforços”; fornecem aos alunos oportunidades de declarar sua identidade, documentar e mostrar coisas que são importantes para eles; oferecem os alunos oportunidades de refletir sobre suas experiências e seus êxitos dentro e fora da escola; estimulam e apresentam alguma forma de reconhecimento dos resultados e êxitos.
  6. 1- Beneficia qualquer tipo de aluno; 2-Os alunos declaram sua identidade; 3- As atividades escolares levam em conta as experiências vividas pelo aluno fora da escola; 4- O aluno percebe que o trabalho escolar lhe pertence; 5- Motiva o aluno buscar formas diferentes de aprender.
  7. O primeiro deles, é o da sua construção pelo próprio aluno, possibilitando-lhe fazer escolhas e tomar decisões. A construção do portfólio é feita por meio da reflexão, onde o aluno decide o que incluir, como incluir e, ao mesmo tempo, analisa suas produções, tendo a chance de refazê-las sempre que quiser e for necessário. Os princípios da construção e da reflexão favorecem o desenvolvimento da criatividade, outro princípio que se acrescenta. O aluno escolhe a maneira de organizar o portfólio e busca formas diferentes de aprender. Os princípios da construção, da reflexão e da criatividade abrem caminho para a auto-avaliação, outro princípio, é então um componente importante. A construção, a reflexão e a criatividade conduzem-no a desenvolver a capacidade de avaliar seu desempenho com o objetivo de avançar sempre, onde a capacidade de auto-avaliação está presente em várias situações de nossa vida, devendo ser desenvolvida na escola desde cedo, de maneira adequada. A parceria passa a ser o princípio norteador das atividades, na qual é a competência a ser desenvolvida na escola. Fala-se parceria aluno-professor, aluno-aluno e professor-professor. A vivência desse processo desenvolve a autonomia do aluno diante do trabalho, outro princípio norteador do uso do portfólio. A criança percebe que pode trabalhar de forma independente e que não precisa ficar sempre aguardando orientação do professor.
  8. 1 - Promove nova perspectiva de aprendizagem; 2 - é um processo; 3 - incorpora análise do desenvolvimento da aprendizagem; 4 - requer auto-avaliação; 5 - encoraja a seleção e a reflexão do aluno sobre o seu trabalho; 6 - considera os professores como facilitadores da aprendizagem.
  9. Pode ser feito por um, mas o ideal seria ter a participação de outros professores. Onde os resultados que vão recebendo podem contagiar o grupo gradativamente, incentivando eles continuar com o trabalho.
  10. Por meio da auto-avaliação, onde os alunos vão identificar e registrar os critérios de avaliação, que eles terem a ajuda professor para construir esse processo desde cedo.
  11. Os componentes são as melhores produções do aluno, por ele próprio selecionadas, com base nos adjetivos de aprendizagem e nos critérios de avaliação formulados com sua participação.
  12. Fica na decisão do aluno, essa inserção é questionável, portanto ela poderia fazer com que o aluno sentisse que aquele trabalho não lhe pertence inteiramente, caso seja, deve vir com o adendo do professor, de forma visível.
  13. 1-  cumpre os propósitos gerais; 2- cumpre o propósito específico; 3- apresenta análise do material incluído; 4- apresenta síntese conclusiva; 5- foi construído ao longo do semestre; 6- contém proposta/formulações/recomendações para enfrentamento das dificuldades relacionadas ao desenvolvimento da avaliação; 7- apresenta textos escritos com correção; 8- inclui reflexões sobre o processo de aprendizagem e de avaliação; 9- apresenta organização que facilita a sua compreensão; 10- apresenta avaliação final do trabalho.
  14. Sobrecarga; o formato do portfólio coletânea de textos e relatos, sem reflexão; Falta de hábito dos alunos de escrever, de analisar o que produzem e de escolher suas melhores produções; falta de tempo e etc.
  15. Reduzir-se a uma pasta em que se arquivam textos e se fazem registros das aulas; ser atendido com um simples instrumento e não um procedimento de avaliação e o de professores e alunos oferecerem resistência inicial por entenderem que terão muito mais trabalho do que antes.
REFERÊNCIA

VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2004.


QUESTIONÁRIO DO ESTUDO DO TEXTO: SITUANDO AVALIAÇÃO

    Estudo do Texto: Situando avaliação
   
    QUESTÕES
  1. Relacione a avaliação e o nosso cotidiano.
  2. Relacione a avaliação na escola.
  3. O que é avaliação formal? Cite exemplos.
  4. O que é avaliação informal? Cite exemplos.
  5. Benefícios da avaliação informal.
  6. Prejuízos que a avaliação informal pode causar.
  7. Para que serve â avaliação?
  8. Avalia-se o que?
  9. Características da avaliação formativa.
  10. Quais os dois paradigmas apresentados pela autora no texto sobre avaliação?
  11. O que a autora menciona sobre a prova?
  12. O que é necessário para que os professores modifiquem suas práticas?
  13. Qual a importância do feedback?
    RESPOSTAS
  1. O ato de avaliar acontece a todo momento e em várias atividades da nossa vida, onde praticamos a avaliação quando estamos em uma fila de banco, fazendo comentário no programa de TV e etc, na qual estamos fazendo apreciações sobre o que vemos, o que fazemos, o que ouvimos, o que nos interessa e o que nos desagrada.
  2. Na escola existe várias formas que são empregadas na avaliação, onde que nela a avaliação é intencional e sistemática e os julgamentos que ali são feitos têm muitas consequências, algumas positivas e outras negativas. A avaliação mais conhecida é a que é feito por meio de provas, exercícios e atividades quase sempre escritas, com produção de textos, relatórios, pesquisas e etc.
  3. É o Tipo de avaliação que costuma receber nota, conceito ou menção; na qual é usada técnicas e procedimentos, como por exemplo, provas escritas ou orais, tarefas de casas, trabalho de pesquisa, onde os alunos sabe que está sendo avaliado e os resultados podem ser examinados objetivamente por ele.
  4. É aquela que se dá pela interação de alunos com os professores, com os demais profissionais que atuam na escola e até mesmo com os próprios alunos, em todo os momentos e espaços do trabalho escolar. Com por exemplo, é nesse momento da prática avaliativa que o professor tem a oportunidade de acompanhar e conhecer o que o aluno já aprendeu e o que ainda não aprendeu e também é nesse tipo de avalição que os alunos não sabem que estão sendo avaliados.
  5. Dá ao aluno a orientação de que ele necessita, o exato momento dessa necessidade; manifesta paciência, respeito e carinho ao atender as suas dúvidas; demostra interesse pela aprendizagem de cada um; elogia o alcance dos objetivos da aprendizagem; não comenta em voz alta suas dificuldades ou fraquezas; não faz comparações; não usa gestos nem olhares de desagrado em relação à aprendizagem; não usa rótulos nem apelidos que humilhem ou desprezem os alunos etc.
  6. Não aproveitamento das suas apreciações e considerações, porque existe o entendimento de que a avaliação serve para atribuir nota e para aprovar e reprovar os alunos; costuma extrapolar a sala de aula;
  7. A avaliação existe para que se conheça o que o aluno já aprendeu e o que ele ainda não aprendeu, para que se providenciem os meios para que ele aprenda o necessário para a continuidade dos estudos, ou seja, a avaliação é vista como uma grande aliada do aluno e do professor.
  8. Avalia a aprendizagem do aluno; avalia como foi desenvolvido o trabalho pedagógico de toda a escola e da sala de aula; as atividades organizadas pela escola, com conselhos de classe, reuniões do pais e etc; a atuação do professor e dos demais profissionais da educação que trabalham na escola.
  9. É conduzida pelo professor (esta é a principal); destina-se a promover a aprendizagem; leva em conta o processo individual; capacidades e ideias; os alunos exercem o papel central, devendo atuar ativamente em sua própria aprendizagem.
  10. Paradigma Tradicional da avaliação (voltada apenas para aprovação e reprovação); Paradigma que busca a avaliação mediadora, emancipatória, dialógica, integradora, democrática, participativa, cidadã e etc.
  11. A autora diz que a prova é um instrumento que pode ser útil quando seus resultados são associados aos de outros procedimentos.
  12. É necessário que todos os profissionais da educação que atuam na escola também tenham oportunidade de se desenvolverem e se atualizarem.
  13. A importância do feedback é que o professor lhe aponta o que fazer para avançar, onde os professores têm que dá o retorno aos alunos no que eles fizeram em sala de aula.
REFERÊNCIA

VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2004.

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E ÉTICA./ O INDIVIDUAL E O COLETIVO NA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

O seminário abaixo Avaliação da aprendizagem e ética, de início abordou os instrumentos de coleta de dados, a lógica correta de cobrar o que ensinou e como acontece esse procedimento. Como também questões de ética e por fim como os educadores está avaliando o individual e o coletivo na avaliação da aprendizagem.
 

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR: UM ATO AMOROSO

O seminário apresentou a avaliação na concepção do autor Cipriano Luckesi, na qual define a avaliação como um ato amoroso, que busca antes de tudo promover no aluno a aprendizagem dentro do processo da avaliação.
 

PRÁTICA ESCOLAR: DO ERRO COMO FONTE DE CASTIGO AO ERRO COMO FONTE DE VIRTUDE

O seminário abaixo mostrou como o erro é sinônimo de algo ruim dentro do contexto escolar. Mostrou também como foi construída uma cultura de penalidade para que o erro não fosse ocorrido. Ao final o grupo apresentou as formas de mudar essa cultura dentro da sala de aula.
 

AVALIAÇÃO DO ALUNO: A FAVOR OU CONTRA A DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO?

O seminário intitulado A avaliação do Aluno abordou a questão de como ocorre essa prática na escola e também demostrou os erros cometidos na avaliação que fazem com que alunos, principalmente eles sofram por diversos fatores. Outra assunto abordado foi os elementos que compõem a avaliação.
 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

AVALIAÇÃO EDUCACIONAL ESCOLAR: PARA ALÉM DO AUTORITARISMO

O seminário abaixo abordou diversas contextos de como é a pedagogia da educação nos diversos modelos, utilizar da pratica da avaliação. Como também questões sobre Autoritarismo e Autoridade, o que vem ser cada uma delas na mãos do professor.
 

MINHA HISTÓRIA DE VIDA ESTUDANTIL

O texto apresenta relatos sobre as práticas de avaliação vivenciadas no meu âmbito escolar, na qual grande parte da minha vida estudantil fui avaliado pelo método classificatório, onde na avaliação era de forma decorativa e repetida dos conteúdos trabalhados. 

Voltando no tempo, o que eu lembro no meu primário, ou seja, no pré I e pré II era o modo de como a professora elaborava as tarefas, sempre segui a mesma lógica, que era de cobrir e ligar as letrinhas e números, então foi nessa etapa da minha vida que eu comecei a conhecer as letras e os números, tempo que eu nem pensava que existia avalição, notas e ainda por cima reprovação. Nesse período, pelo motivo de não ter notas, com relação as atividades que eu fazia constantemente, o que eu posso dizer é que nas atividades feitas, tanto em sala de aula como também em casa, sempre estava relacionada a conceitos, como por exemplo: ótimo, bom, lindo, excelente e etc. Essas atividades que fazíamos, como pinturas, brincadeiras, as tarefas de casa ou de classes, sempre foram feitas acompanhada pelos nossos pais, mas sempre tinha o propósito de desenvolver nossas habilidades motoras e sociais.
No meu segundo ano na escolinha, me lembro até hoje o nome dela, que era “Escolinha o mundo infantil”, foi nela e através da “Tia” que era assim que nós chamávamos a professora, onde eu comecei a aprender as famílias das letras, ou seja, as silabas. Depois de ter aprendido todas as silabas, começamos a formar as palavras e não posso esquecer dos números, e nada mais além disso. Esse período, o que eu mais lembro são os cadernos de caligrafia, porque foram muitos que eu fiz, que era para deixar as letras mais legíveis. A nossa avaliação feita pela professora, era na base da verificação, onde eles observavam como estava o nosso processo, e sempre buscando desenvolver novas práticas, visando sempre a avalição a favor da aprendizagem e não a classificação, pois não existia provas.
Com meus 5 anos, eu fazia a alfabetização, foi aqui que comecei a copiar as palavras da lousa para o caderno e a praticar a leitura e escrita. Momento esse que foi muito gratificante, porque foi um grande avanço na minha aprendizagem. Um mundo novo surgiu diante dos meus olhos, onde no final dessa etapa eu já estava apto a ler textos. Com relação a avaliação da aprendizagem, continuou numa avaliação continua, onde o foco da avaliação era a favor a aprendizagem. Diante dessas expectativas que tivermos durante nosso primário, posso dizer que é um patamar muito importante, onde deve ser trabalhado de forma objetiva, porque essa é uma base para seguirmos para nossa segunda etapa da aprendizagem, que o ensino fundamental.
No ensino fundamental de 1ª a 4ª série (2º a 5º ano, como corresponde hoje), lembro que continuamos com uma única professora, onde ensinava todas as disciplinas. A cada ano letivo que passava me dava um medo do próximo ano, porque achava que seria mais difícil pelo motivo de estamos avançando de uma série para outra, e por isso a dificuldade aumentava. Foi nesse período que eu tive um choque de realidade, percebi que seria totalmente diferente de como era no primário, os professores tinham outra personalidade, as aulas passaram a ser mais especificas, onde eu tinha como objetivo de aprender tudo, para que no final do ano letivo seja aprovado. Agora sim, nós erámos avaliados, mas pelo modo classificatório através de notas, onde a professora utilizava provas, teste, atividades pontuadas e seminários para obter essa pontuação, fazendo a separação entre aqueles que tinha notas boas e notas ruins.
A partir do ensino fundamental que eu comecei a estudar em escola pública, mas pelo motivo de ser escola pública, onde a educação não é um mar de maravilhas, a professora não deixou de se importar pelo modo de como ia passar os conteúdos e se preocupava se nós estávamos aprendendo ou não, e sempre estava atenta, caso um aluno não estiver compreendendo, procurava maneiras novas que ajudasse nesse processo de assimilação. Mas o que deixava a desejar era o modo de avaliação, que era classificatório, onde o aluno assim mesmo não conseguisse compreender o assunto, correria o risco de ser reprovar e classificado como um aluno inferior.
Nas séries de 5ª a 8ª (6º a 9º ano, como corresponde hoje), momento esse que deixamos de ter um único professor, para ter um para cada disciplina, onde estávamos subcarregados com várias disciplinas. Tenho muitas lembranças dos modos como os professores utilizava os instrumentos de avaliação sem sala de aula, como história e geografia por exemplo, que eram disciplinas muito decorebas, na qual os professores passavam listas de questões enormes e nós alunos respondiam para estudar para a prova, nas quais apenas cinco questões caiam, e ainda mais, só estaria certa se a resposta tivesse de acordo com a resposta do educador, se não estivesse era considerada errada e não aceitava a opinião do aluno. Momento esse, que eu lembro que passava o dia todo estudando, na verdade decorando para sair bem na prova, e não correr o risco de ir para a recuperação e ainda de se sair mal e tiver média baixa, e consequentemente ser reprovado.
Depois que conclui o ensino fundamental, fui para outra etapa da minha vida que é o ensino médio, onde estávamos estudando sempre com um foco, que era de passar no vestibular, na qual utiliza o método classificatório para selecionar os alunos que tiveram melhores pontuação. A partir disso, que a nossa prática não foi mudada, porque a maioria dos professores utilizava questões de vestibulares na sua prática educativa para nos familiarizar, deixando a gente sempre seguir esse ato de avaliação, o classificatório e dano valor a exclusão dos alunos. Ato esse que mudava o processo de aprendizagem, pois os professores só se preocupavam com o vestibular, deixando a aprendizagem de lado.  Muitos também não ajudavam no processo de aprendizagem, porque não se preocupava se nós tínhamos dificuldades ou não, só passava o assunto e cabia nós aprender.
Mas não era todos os professores, eu tinha um professor que ele ensina Química e Matemática, o método que ele utilizava em sala de aula era bem desenvolvida, estava sempre utilizando métodos diferentes em suas aulas, deixando bem interativa. Dava para perceber que ele gostava de dá aula, sempre estava disposto de ajudar os alunos, desse modo eu ficava sem receio de chegar a ele e dizer que estava com dificuldade de entender determinado assunto. Até mesmo ele se dispõe em dá aula no sábado para tirar dúvidas, nós não éramos obrigados de ir, mas eu sempre está lá. Gostava muito das aulas dele, pelo motivo de sempre está disposto ajudar e ele fazia de tudo para ajudar os alunos, até mesmo ele fazia re:re: da recuperação para que todos ficasse na média, ajudava o máximo possível. Já tinha outros que era totalmente diferente, como meu professor de Física que não tinha nem prática pedagógica pronto, não dava aula direito e até mesmo sentia dificuldade de transmitir o assunto.
            Depois de 6 meses que eu concluo o ensino médio, eu entrei na universidade e lá eu vi que não é muito diferente do que eu vivi no ensino fundamental e médio, na medida que eu seguia dentro da universidade, os professores sempre utilizavam o método de avaliação classificatória, por meio das atribuições de notas. Não digo todos, existem exceções de alguns, onde realmente busca o aprendizado do aluno, propondo métodos que facilita esse processo de aprendizagem. Posso citar o professor Joseval, que ele está sempre procurando práticas fáceis e interativas que ajude no processo de aprendizagem dos alunos, uma das práticas mais comum dele e o método de refazer as atividades, caso a atividade não esteja de acordo com que foi pedido, dano a oportunidade de refaze-lo sem puni-lo na sua nota, e assim aprendemos a fazer de acordo com nosso erro.

            Portanto, só tive a consciência da importância da avaliação em minha vida, agora quando estou cursando a disciplina de Avaliação da aprendizagem com o professor Joseval, pois aprendi que somos avaliados a todo o momento, como eu fui avaliado em toda a minha trajetória estudantil. Mas isso não quer dizer que não tive professores que se preocupava com a construção do aprendizado em sala de aula, dependendo da metodologia que eles utilizaram, eu sempre fui avaliado. A partir de todas as minhas experiências vivida, posso dizer que a avalição é sempre necessária em nosso âmbito escolar, mas na verdade é que temos que deixar de lado esse ato classificatório e excludente e partirmos para um ato de diagnosticar  

NOVOS OLHARES SOBRE A AVALIAÇÃO

O autor acredita que o problema da avaliação está na postura do educador, pelo fato de nós viver em uma sociedade de seleção e exclusão dos alunos. Portanto, para que a avaliação mude de sentido, ela dever passar a ser um recurso que o professor utilize para ter conhecimento de como anda a aprendizagem da sua turma, pois só através dessa análise, o mesmo poderá criar mecanismos que possa auxiliar e fortalecer o processo de ensino e aprendizagem dos alunos.


A dificuldade de mudar a imagem da avaliação nas escolas e universidades, e porque os docentes seguem uma prática que vimos que não dá mais bons resultados, pois vivemos em uma sociedade de seleção e exclusão, como dopemos citar o caso dos pré-vestibulares, que agora são Enem onde a prática avaliativa se torna injusta e arbitrária, dificultando os alunos do seu direito de ter uma educação progressiva e contínua. Existem muitas situações na comunidade escolar que o grande problema está na postura do educador, porque usa métodos que não intervém no processo de aprendizagem dos educandos, por isso que essas práticas avaliativas inflexíveis é um verdadeiro massacre na aprendizagem.
Práticas que não respeita a diferença entre os alunos, onde essa diferença aparece sempre junto com o conceito de incapaz, na qual o contexto escolar não exerce efetivamente uma ação educativa de respeito e acompanhamento do desenvolvimento dos alunos, onde não se tem uma compreensão mais ampla da sua aprendizagem. Portanto, é preciso questionar os princípios que fundamentam algumas práticas avaliativas, que cada vez mais estão estreitas e padronizadas.
As vezes o fracasso dos alunos vem por parte dos professores, por não terem uma metodologia eficaz que alicerce a sua prática avaliativa. Porém a avaliação ela deve ser um momento auto avaliativo para ambos as partes, onde leva em conta a relação entre o avaliador e o avaliado, mas pra isso o educador tem que sempre rever a sua prática, pois e na escola que existem diferentes realidades, as quais o educador na maioria das vezes não consegue enxergar, porque o professor não articula a aprendizagem com o conhecimento do aluno.
Já que são eles que constrói o contexto avaliativo, que seleciona os conteúdos, a sequência que serão apresentadas, os textos e testes referentes. Tem-se um objetivo muito importante no aprendizado dos alunos, pois ele é responsável pela transmissão do conhecimento dos alunos, onde deve atribuir mudança no modo de pensar e agir, onde ele questione e deixe espaço para ser questionado pelos alunos, levando sempre o respeito ao outro. Mas não é isso que vemos em nossa realidade, já que são eles que atribui conceitos e pontuações ou elabora um parecer sobre o educando, que na maioria das vezes não tem o poder de compartilhar as ideias com a turma.
Um grande problema que podemos mencionar e talvez faça parte desse processo de verificação e classificação, é o motivo de considerar os alunos diferentes, em incapazes. Pois não é um fator correto de ser considerado, por isso que existe muitas críticas sobre essa visão, de um aluno ser diferente, ele não é capaz de aprender, classificado essas pessoas com incapaz no processo de assimilação do conhecimento. Para que isso seja mudado, é interessante o professor conhecer o contexto dos alunos, respeitando assim suas diferenças e limites, já que eles são formados dentro de um grupo sócio cultural.
Porém, o professor tem a necessidade de ter um olhar atento sobre o estudante, porque cada etapa do seu processo de vida é altamente significativa e precedente das próximas conquistas. Então, no começo vai ocorrer muitas noções erradas e distorcidas ao logo do percurso que o professor faz para identificar as diferenças de cada um dos alunos, pois o conhecimento é construindo de forma lenta, e vai se ampliando pelas suas próprias ideias e ações diante sua vida escolar. A prática que favorece esse conhecimento do aluno no processo avaliativo, vem se desenvolvendo no momento que o educador começa a entender e perceber a importância de uma ação pedagógica bem planejada para a superação de qualquer tipo de obstáculos que venham a acontecer.
A competitividade tem suas fortes raízes na formação escolar, porque os educandos vivem numa sociedade competitiva, pois de muito cedo aprendeu na escola a duvidar as opiniões dos outros colegas, e só acreditar naquilo que o professor diz, por achar que eles são os donos dos saberes. Nessa competitividade, acaba ocorrendo muitos preconceitos no hábito escolar, no qual os alunos que se consideram inteligente, humilha aqueles que eles acreditam que não sabem de nada, fazendo uma diferenciação e até mesmo excluindo. Os exames nesse caso, é um forte instrumento que estabelece essa competitividade devido seu foco que é a de seleção, e isso promove que eles sejam competitivos e individualistas. Mas para que esse processo de competição acabe, é importante aplicar no processo avaliativo um olhar de valorização e investigação, sobre as diferentes formas de ser e pensar dos professores e alunos, podendo deixar de lado competição e gerar a cooperação, para a produção de um novo conhecimento escolar.
Mesmo assim, temos que respeitar principalmente a história de cada um dos alunos, e ajudarem eles em suas necessidades. Já que a história não foi nada boa, em relação ao seu rendimento escolar, onde foi, e ainda é estabelecida por uma prática tradicional de avaliação, onde seu processo avaliativo é de classificação, ou seja, de classificar os alunos diante dos instrumentos classificatórios que eles utilizam para verificar se o aluno aprendeu ou não. Então, o processo focaliza em uma ação avaliativa mediadora na medida que a transformação da aprendizagem se torne um trajeto enriquecedor, onde o aluno pode analisar seu desenvolvimento diante dessa ação avaliativa adotada. Portanto, esse trajeto é muito importante, porque é o momento que o professor acompanha o pensamento do aluno, sempre fazendo provocações para saber em alguma hipótese, sobre o seu saber e sobre o seu jeito de alcançar o saber.
Portanto, existe vários olhares sobre a avaliação, mas na medida que prática classificatória se instalou em todos os níveis da educação do nosso ambiente escolar, que ficou difícil até de desconsolar essa prática. Contudo o professor tem que ter um olhar construtivo na avaliação, onde o educador vai trazer pra si um compromisso aprofundado e contextualizado na sua consciência sobre a realidade social.

Referência

HOFFMANN, Jussara. Novos olhares sobre a avaliação. In: HOFFMANN, Jussara. Pontos & contrapontos: do pensar e agir em avaliação. 10. Ed. Porto Alegre: Mediação, 2005, p. 11-34.

DE EXAMINAR PARA AVALIAR, UM TRÂNSITO DIFÍCIL, MAS NECESSÁRIO



“A transição dos hábitos de examinar na escola para hábitos de avaliar exige atenção constante, [...]” p. 67

Então, para que ocorra essa mudança do ato de examinar para o ato de avaliar, os docentes têm que ter em mente um processo já bem definido, para que não planeje um modelo que traga resultados insatisfatório, mas também eles precisa ter uma personalidade forte para criar hábitos novos, para que ocorra interação entre o educador e o educando, trazendo ao todo resultados positivos no processo de ensino-aprendizagem.

“[...], a história da educação nos aprisiona. No que se refere à avaliação da aprendizagem, nós educadores temos estados de aprisionados a padrões de compreensão e de conduta que vem de séculos passados; [...]” p. 68

As contribuições da história da educação é um fator que dificulta a transição dos hábitos relativos aos exames para hábitos relativos a avaliação. Então, os docentes estão aprisionados a padrões de compreensão e conduta, que faz sempre usar o método de exames para verificar se os alunos aprenderam ou não o que foi transmitido pelo professor na avaliação da aprendizagem, por isso que as escolas brasileiras não consegue produzir resultados bem-sucedidos, pois os alunos estão ali só para executar o que o professor apresentou em sala de aula, na qual o principal função do docente é acompanhar a aprendizagem do discente e isso não ocorre. Para que isso seja mudado, é importante o professor remover esse modo de agir e compreender, e sempre buscar inovações no processo de aprendizagem dos educandos.

“Michael Foucault, em seu livro Vigiar e punir, nos lembra, [...] do final da Idade Média, passamos, na emergência da modernidade, para os mecanismos de disciplinamento através dos micropoderes, que são recursos silenciosos de controle de pessoas e de grupos humanos, que operam no seio das instituições sociais.”

Nesse período era os exames que controlava os alunos na escola no seu processo de aprendizagem, já que os professores carregavam uma estratégia, onde eles acreditavam que os alunos aprendiam por meio de ameaça e castigo, no qual o aluno era pressionado a estudar para tirar notas boas, e com virtude não era castigado. Com a permanência dessa metodologia de verificação por muito tempo, acabaram criando um padrão de conduta no modo de agir dos educadores, deixando a ficar à mercê dos exames.

“Não se pode negar o passado, o que se pode fazer é superá-lo, incorporando o que ele ofereceu para a história” p.69

Por não ser fácil modificar esse hábito de avaliar a partir do exame, pois ela foi construída a séculos, e se tornou resistente a mudanças. Então para que esse hábito seja revisto, temos de agir em conjunto com os professores, para que possa ser incorporado uma nova visão e um novo modo de avaliar a favor da aprendizagem.

“[...]: o modelo de sociedade vigente na modernidade, que é excludente.”

No momento que vivemos em uma sociedade que utiliza meios que exclui o aluno no seu processo de ensino-aprendizagem, usando instrumentos onde só faz classificar ele e não se importa com seu aprendizado, é um fato que merece sempre ser contestada, para que procure soluções que ajudem transformar esse hábito de verificar os educandos no seu processo de assimilação do conhecimento, para um hábito de avaliar.

“A avaliação da aprendizagem é democrática, pois que, sendo inclusiva, acolhe a todos, o que se opõe ao modelo social hierarquizado e excludente da sociedade burguesa, daí ser difícil praticá-la.” p.70

Vivemos em um modelo de sociedade que é excludente, e isso torna difícil a mudança de maneira de avaliar, pois o modelo de avaliação da aprendizagem é democrática e inclusiva, o que se opõe ao que vivemos em nossa sociedade. Porém devemos agir de forma crítica e ter a vontade de se confrontar esse modelo que já não é mais eficaz.

“O ato de usar a avaliação da aprendizagem dentro da escola, hoje, configurada com investigação e intervenção a serviço da obtenção de resultados bem-sucedidas, é um ato revolucionário em relação ao modelo social vigente.”

A avaliação da aprendizagem nos dias atuais, os docentes seguem um modelo já pré-definido e não fazem nada para intervir, se incomoda no que é fácil de fazer, por isso vivemos numa sociedade excludente. Já que vivemos numa sociedade assim, os professores têm que ser críticos e reflexivos, para que o ato de avaliar seja configurado para trazer resultados bem-sucedidos, onde o objeto (professor) tem que ter comprometimento com a comunidade escolar que ele atua.

“[...], a experiência biográfica de cada um de nós educadores. Este fator atua fortemente na constituição e manutenção da resistência ao trânsito do ato de examinar para o ato de avaliar.”
Esse é um fator que fortemente atua na resistência da mudança do ato de examinar para o ato de avaliar, porque durante a sua vida acadêmica, os professores sempre foram avaliados. Agora que se tornaram professores, eles replicaram o que acontecia com eles quando era alunos, onde estão examinados os alunos do mesmo modo que foram examinados. Mas para romper esse modo de agir, os educadores têm que ser um indivíduo consciente, atento e cuidadoso, para que consiga mudar esses velhos hábitos.

“Para transitar do ato de examinar para o ato de avaliar na escola, necessitamos de proceder a uma metanoia, termo grego que significa conversão.” p. 71

O instrumento de avaliação, nesse caso o exame, ele incorporou uma metodologia de ensino, onde o professor tem sempre o foco de verificar os alunos, mas essa prática usada não ajuda muito no processo de ensino-aprendizagem. Para que ela torne satisfatória, seria necessário a mudança do ato de examinar para avaliar, pois requer uma conversão no sentido de substituir conceitos e modos de agir que não remetem a real função do educador.

“Avaliar é um ato subsidiário da obtenção de resultados positivos com nossa ação.”

Esse sempre é o foco, buscar resultados positivos. Mas os educadores as vezes é o principal ator de buscar o fracasso dos educandos, pois eles criam provas desnecessárias para os alunos. Portando, o ato de avaliar oferece recursos para investigar os conhecimentos dos alunos, a partir daí ele pode intervir, caso for necessário, para sempre encaminhar na direção de bons resultados, mas para isso se faz necessários oferecer novas práticas, ou seja, é preciso mudar.

Referência

LUCKESI, Cipriano Carlos. De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário. In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p. 67-72.

PROFESSORES CHARGE

Nesse vídeo mostra que os educadores tem que mudar sua prática de ensino de acordo com a dimensão do cotidiano do aluno, na qual, tem que construir vínculos autênticos entre aprendizado e aprendiz.

VERIFICAÇÃO OU AVALIAÇÃO: O QUE PRATICA A ESCOLA?

A síntese reflexiva do texto "Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola?" do autor Luckesi, aborda como as escolas estão usando os métodos de avaliar, se realmente estão avaliando o verificando os educandos, na qual existe equívoco através das práticas da avaliação da aprendizagem. Também como a prática de aferição do aproveitamento escolar é ressaltada pelos professores através três condutas. E por fim, aborda que o uso da avaliação seja feito de uma forma que desenvolva o conhecimento do educando.


Como nós já sabemos que existe um equívoco presente em nosso meio escolar entra classificar e avaliar. O autor do texto LUCKESI, ele encontra maneiras para explicar bem esse equívoco através de práticas da avaliação da aprendizagem no desenvolvimento dos educandos. Onde a avaliação da aprendizagem escolar vai adquirir seu sentido na medida que se articula com um projeto pedagógico e o projeto de ensino.
No projeto pedagógico vai ser definido uma identidade a escola e indicar caminhos para ensinar com qualidade, na qual a comunidade escolar vai se reunir para propor propostas de ação concreta e executar, para ajudar no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Já no projeto de ensino, o professor ele é o principal elemento do processo de ensino e aprendizagem, pois é ele que vai determinar o que pode ser ensinado e pesquisado com a intenção de promover aos alunos a aprendizagem. E é nesse processo que o docente vai ter a possibilidade de monitorar e avaliar seu trabalho, para saber se está sendo adquirido de forma correta pelos alunos, caso não aconteça, ele deve encontrar outras maneiras que facilite esse processo de aquisição do conhecimento.
Então, no decorrer do texto o autor aborda a prática de aferição do aproveitamento escolar, utilizando apenas os conceitos de verificação e avaliação, na prática escolar com a qual convivemos, e procurar uma configuração referente aos resultados da aprendizagem dos alunos para saber se os professores utilizam a verificação ou avaliação.

Fenomenologia da aferição dos resultados da aprendizagem escolar

         Nesta prática de aferição do aproveitamento escolar, o autor ressalta que os professores utilizam três condutas, quais são: medida do aproveitamento escolar; transformação da medida em nota ou conceito; utilização dos resultados identificados. E através de uma análise fenomenológica, vamos identificar a qual conceito (verificação ou avaliação) os professores utilizam através dos resultados da aprendizagem dos alunos.
         De acordo com o primeiro procedimento, que é a medida do aproveitamento escolar, o professor utiliza como padrão de medida o acerto de questão, onde a medida da aprendizagem do aluno corresponde a quantidade de respostas corretas, que ele obteve em um determinado conteúdo de aprendizagem, na qual o professor está trabalhando. Mas atualmente essa medida foi transformada em pontos, o que não modifica o caráter de medida, uma vez que o acerto adquiriu a forma de ponto.
          No segundo procedimento do professor em relação à aferição do aproveitamento escolar, tem sido a transformação da medida em nota ou conceito, essa transformação se expressa por meio da qualidade que se atribui à aprendizagem do educando, medida sob  uma relação de uma equivalência simples.
        No terceiro procedimento, o professor ele tem diversas atitudes comportamentais diante do resultado obtido pelos alunos, onde simplesmente o docente pode registrar a nota do aluno na caderneta; ou ele pode oferecer outra oportunidade para o educando melhorar sua nota ou conceito; ou também pode atentar nas dificuldades dos alunos e procurar trabalhar de outra forma para que eles possam aprender o conteúdo.
       Mas nos dias atuais, o que vimos nas escolas, é que alguns professores só utilizam a primeira e talvez a segunda, e raramente a terceira opção, pois a aferição da aprendizagem escolar, é utilizada só para classificar os alunos em aprovados ou reprovados, não se preocupa se o aluno aprendeu ou não o conteúdo.

A escola opera com verificação e não com avaliação da aprendizagem

           De acordo com as escolas brasileiras, percebo até mesmo na minha vida escolar, que as escolas operam com a verificação e não com a avaliação da aprendizagem. Este fato fica mais claro ao observamos que os resultados da aprendizagem dos alunos, tem como objetivo de classificação do educando, em aprovado ou reprovado. Como já foi dito no tópico anterior, é muito raro encontrar professor que foge desse padrão de verificação, e que faça a aferição da aprendizagem pelo ato de avaliação.
         Porém esses raros professores, eles se preocupam com a efetiva aprendizagem, que é o centro de todas as atividades do educador. Na qual, a avaliação, por sua vez, consiste em analisar o processo progressivo e formativo da aprendizagem do aluno, tendo como objetivo perceber tudo aquilo que o aluno aprendeu ou deixou de aprender, dano oportunidades para que eles possam ter autonomia para construir ou buscar o próprio conhecimento, jamais podendo implicar em um simples processo classificatório de aprovação ou reprovação, mas sim um processo de busca de resultados.

Encaminhamentos

Pelo fato que vimos que a aferição da aprendizagem escolar era feita através de uma prática escolar de verificação, o autor propôs alguns encaminhamentos para que possa mudar essa percepção e melhorar a forma de condução do ensino escolar. Diante do uso da avaliação, o autor propõe que o uso da avalição seja feito de uma forma que desenvolva o conhecimento do educando, saindo de um aspecto classificatório, e entrando num aspecto direcionado na aprendizagem e seu consequente desenvolvimento.
Na perspectiva do padrão mínimo de conduta, para que essa avaliação seja utilizada de forma correta no contexto escolar, seria interessante o docente estabelecer um nível de conhecimentos, habilidades e hábitos que os alunos devem adquirir. Nesse caso, fugiria do método que nós utilizamos no momento, que é de atribuir uma média mínima de notas aos alunos, para um mecanismo no qual o professor iria detectar os níveis de compreensão de cada aluno, de acordo com um determinado assunto estudado, para verificar se o aluno aprendeu ou não o conteúdo.
Estar interessado em que o educando aprenda e se desenvolva, é uma prática da avalição da aprendizagem que o docente tem que ter interesse que o educando aprenda, nesse encaminhamento o importante é que o docente sempre tem que está renovando sua metodologia, no caso que os alunos não estejam compreendendo o assunto. Mas existem fatores que interfere nesse processo, que é o baixo investimento, tanto financeiro como pedagógico.
Para que a avalição se torne um instrumento auxiliar na prática educativa e na avaliação, é importante que eles tenham um determinado rigor científico e metodológico, pois eles sendo bem elaborados ajuda muito no desenvolvimento de educando, portanto sem esse rigor a avaliação não terá seu papel significativo no processo de aprendizagem do aluno.

Referência

LUCKESI, Cipriano Carlos. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p. 45-60.        

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR: APONTAMENTOS SOBRE A PEDAGOGIA DO EXAME


Referência

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: apontamentos sobre a pedagogia do exame. In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p. 35-44.              

UMA POLÊMICA EM RELAÇÃO AO EXAME



“O exame é um efeito das concepções sobre a aprendizagem, não o motor que transforma o ensino.” (p.51)

O exame é o termo utilizado nessa época para avaliar os alunos, foi um instrumento que a comunidade escolar acreditava que existia uma relação entre o sistema de exames e sistema de ensino, de modo que achavam que a modificação de um poderia afetar o outro, mas na verdade isso era um falso princípio didático, pois sabemos que as relações entre o exame e o sistema de ensino não são iguais, porque a finalidade do exame não é modificar o ensino, e só apenas identificar se o aluno aprendeu ou não o conteúdo.

“É importante analisar a forma como o exame moderno efetua uma série de reducionismos técnicos sobre o saber pedagógico.” (p.52)

Por trás da polêmica que existe sobre o papel que o exame cumpre na sociedade, na escola e na vida dos alunos, vimos que a pedagogia criou mais problemas para a educação do que resolveu, pois esse instrumento utilizado não teve nenhum rendimento na comunidade escolar, empobrecendo a educação.

O exame, um problema de história e sociedade

“Todo mundo sabe que o exame é o instrumento a partir do qual se reconhece administrativamente um conhecimento, mas igualmente reconhece que o exame não indica realmente que é o saber de um sujeito.” (p.54)

Embora o conhecimento seja visto como uma forma de ascensão social, onde o indivíduo pode subir na vida de acordo com a sua carga de conhecimento, ou seja, passará a ter um poder aquisitivo na sociedade. Se bem que, o conhecimento não pode ser medido e nem mesurado através de nota, quanto menos estabelecer qual grau de ascensão o sujeito terá na vida.

“É habitual que tanto os estudiosos da educação como qualquer pessoa comum pensem que o exame é um elemento inerente a toda ação educativa.” (p.55)

Porém o exame ser utilizado como instrumento de avaliação da aprendizagem dos alunos, mesmo visto pelos estudiosos que não pode medir o conhecimento. Mas ainda a sociedade continua utilizado esse instrumento com a finalidade de medir o conhecimento dos alunos, na qual é natural os docentes pensar no exame depois e uma aula, para saber se realmente se o aluno aprendeu.

“Se o exame não é um problema ligado historicamente ao conhecimento, é um problema marcado pelas questões sociais, sobretudo aquelas que não pode resolver.” (p.56)

Portanto, o exame é na realidade um espaço de convergência de inúmeros problemas, dos quais: sociológicos, políticos, psicopedagógicos e técnico, problemas os quais aparecem agonizados só em sua dimensão técnica.

“[...] o exame é só um instrumento que não pode por si mesmo resolver os problemas gerados em outras instâncias sociais.” (p.57)

Desta forma, o exame acabou sendo uma dimensão de espaço, no qual é visto pelos alunos e professores, tornando-se uma maneira objetiva de saber qual grau de sabedoria cada indivíduo possui, gerando assim, uma exclusão do mesmo na sociedade. Por ela ser usada como um instrumento de avaliação da aprendizagem, ela não pode ser usada para melhorar questões sociais devido por falta de investimento.

Primeira inversão: Problemas sociais em problemas técnicos

“Uma das funções atribuídas ao exame é determinar se o sujeito pode ser promovido de uma série para outra.” (p.58)

O instrumento de avaliação nessa perspectiva, tem o poder de decisão sobre o indivíduo, já que o exame é capaz de classificar de forma objetiva o grau de inteligência do sujeito perante a sociedade, dano a possibilidade de passar de uma séria para outra, caso o aluno tenha um bom desempenho escolar.

“Esta inversão de relações sociais em problemas de ordem técnica converte a questão do exame numa dimensão cientificista” (p.59)

Nessa inversão a prática do exame se converteu em controle de poder e excludente, onde o exame passa a controlar o avanço do aluno durante a cada série e legitimar o seu aprendizado, selecionando os melhores alunos através do título profissional.


Segunda inversão: De problemas metodológicos a problemas de rendimento

“Na Didactica Magna (1657) de Comenius o exame está indissoluvelmente ligado ao método.” (p.60)

De acordo com a Didactica Magna, o exame está diretamente ligado ao método de ensino, pois caso o aluno não aprende o conteúdo cabe ao professor rever seu método, reformulando para que todos compreendam. No qual, o exame por si só não decide a nota e posterior promoção do aluno, portanto seu objetivo principal é ofertar um retorno ao professor para saber se os alunos estão adquiridos os conhecimentos em determinado conteúdo.

“Muller [...], se queixava de que na Universidade de Oxford “o prazer do estudo acabou, o jovem pensa só no exame”.” (p.61)

Na medida que o exame deixou de ser um aspecto do método ligado à aprendizagem, os alunos só pensavam no exame, e não se importava se aprendeu determinado assunto ou não, deixando o prazer de estudar de lado.

“O exame [...] se trata de atingir formas de controle individual (adaptação social) e sua extensão a formas de controle social.” (p.63)

Nessa inversão, o que deixa claro é que ela promove e qualifica o sujeito através do exame, supervalorizando-o dentro do processo de ensino. De acordo com isso, Surgi uma nova pedagogia voltada a certificação, na qual as vezes desconsidera as características singulares dos alunos que fazem parte do processo.


Terceira inversão: O exame como um problema (controle) científico no século XX. Em direção ao empobrecimento do debate educativo

“Através do conceito coeficiente intelectual se reduziu o problema da injustiça social a uma dimensão biologista”. (p.64)

Este conceito serve como mecanismo de controle sobre os processos de transformação na sociedade, pois os testes de coeficiente intelectual transformaram problema de injustiça sociais a uma dimensão biológica, onde a sociedade fica livre dos problemas éticos, quando mostra que as diferenças são os resultados biológicos.
           

“O teste foi considerado como um instrumento científico, válido e objetivo que poderia determinar uma infinidade de fatores psicológicos de um indivíduo.”

Foi nessa inversão que deu início a teoria dos testes, que ocorre a partir da influência trazidas pelos estudos para medir a inteligência, onde ela utiliza os resultados para permitir e justificar o acesso à escola de acordo com as condições individuais.

“O debate em relação ao exame se transformou profundamente a partir do desenvolvimento da teoria de teste.” (p.70)

Os debates na educação foram direcionados em maior parte as questões técnicas que reduziram a cultura pedagógica para um conjunto de fatores estatísticos, onde deixou-se de analisar os problemas da educação e da didática desde as perspectivas da formação e da aprendizagem.

“[...], toda a pedagogia instrumental criada neste período de industrialização recorreu a formas drásticas de controle individual e social.” (p.71-72)

Foi nesse período que surgiu uma pedagogia industrial na qual o professor perde bastante do seu papel do princípio e passa a ser mais uma peça do sistema educativo, um avaliador do alunado, já para os alunos trocasse o sentido de aprender por aprender para o aprender para passar.

“A tarefa educativa não deve contribuir para formar estudantes com pensamento próprio, senão estudantes que mostram repertório de condutas que tem sido preestabelecidas como o modelo de aprendizagem.” (p.75)

O papel do professor nessa afirmação, é que ele nesta concepção tem perdido sua dimensão intelectual, onde ele está sendo como um operário de programas já preestabelecidos, ou seja, é um docente que só reproduz o que já está feito, não colocando atribuição no que passado na sala de aula.

“A pedagogia do exame se mostra a si mesma como eficiente quando consegue representar com um número a aprendizagem do estudante.” (p.77)

Nesse contexto vimos que com o surgimento das notas modificou totalmente os eixos do trabalho da pedagogia, construindo uma pedagogia centrada no exame. Mas percebemos que o exame não é o problema central na educação, e sim construir uma solução a partir dos problemas que a educação enfrenta.

A modo de conclusão

“A história da educação mostra como tal inflexibilidade leva a um conjunto de fraudes (explícitas ou implícitas).” (p.78)

Portanto, o autor mostra que ao decorrer do tempo o exame acabou perdendo a real importância na pedagogia, visto que ele se tornou um objeto de controle sobre diversos aspectos na educação, já que seu propósito hoje está interligado a nota e objetividade do que se pode fazer com o resultado obtido.

Referência

BARRIGA, Angel Diaz. Uma polêmica em relação ao exame. In: ESTEBAN, Maria Teresa (Org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003, p. 51-82.


SER PROFESSORA: AVALIAR E SER AVALIADA

                           
Síntese reflexiva do texto "Ser professora: avaliar e ser avaliada", onde autor destaca que a avaliação é um processo de interação entre o professor e os alunos, na qual a professora ao avaliar é avaliada; portanto esse processo tem que ser coletivo, cooperativo, solidário, capaz de promover um reflexão da experiência de quem ensina com o de quem aprende. 


            Avaliar, como tarefa docente, de fato não é uma tarefa nada fácil, pois existe vários tipos de questionamentos que o professor tem que ter em mente antes de se posicionar diante de um aluno. Por isso, é importante o professor sempre estar interagindo com a comunidade escolar, informando o comportamento de cada aluno em sala de aula, para em si procurar maneiras de como avaliar os alunos, pois existem muitos instrumentos de avaliação, mas é importante o professor sempre se perguntar, será que os instrumentos existentes são o bastante para avaliar um aluno? Ou será que é preciso propor outras maneiras? Um bom docente sempre estará preste a se perguntar esses tipos de questionamento.

            Em nossa realidade escolar, atualmente utilizamos a avaliação classificatória, apesar, que era pra ser uma atividade coletiva, onde todos os envolvidos na relação pedagógica estivessem juntos para encontrar meios que tornasse essa tarefa fácil de aplicá-la, pois dificilmente isso acontece, deixando ocorrer do modo tradicional, que é de atribuir valor aos alunos. Como consequência desse tipo de avaliação, onde o professor tenta classificar o aluno, de acordo com seu desempenho em qualquer tipo de instrumento de avaliação, é um método que não ajuda muito no desenvolvimento do aluno, pois ao tentar classificá-lo como bom ou ruim, o aluno tende a se sentir fora do contexto escolar, causando seu distanciamento com a escola.

            Saindo de uma avaliação onde o professor precisa se distanciar do aluno, pelo modo de que o aluno não pode interferir na avaliação, ou seja, que não exista uma relação intersubjetivas. Mas pra isso, o docente tem que garantir que esse modo utilizado, que é o classificatório, no seu processo tenha resultados positivos, no qual os alunos serão classificados e hierarquizados de acordo com seu desenvolvimento nas atividades realizada em sala de aula. Para uma avaliação quantitativa, que é uma avaliação onde pode analisar de modo geral o contexto escolar através da epistemologia positivista, que conduz uma metodologia em que a manipulação dos dados tem prioridade sobre a compreensão do processo. Onde na verdade, não importa se o aluno realmente aprendeu o conteúdo, o que importa é que ele tirou nota boa e se saiu bem nas avaliações.

A professora no espelho

O percurso mostra que a avaliação do rendimento escolar, ocorre devido à perspectiva classificatória, na qual não se refere a aprendizagem e ao ensino como processos interativos, mas sim ao rendimento como resultado verificável (Barriga, 2001). De acordo com a afirmativa do autor, posso dizer que esse método utilizado, favorece o distanciamento entre os participantes do processo de ensino-aprendizagem, onde visa julgar se o aluno aprendeu ou não, caso ele não estiver indo bem nas avaliações, sua punição é ficar em recuperação ou reprovado, mas se caso isso não aconteça sua recompensa é a aprovação.

Muitas vezes o papel do professor é transformar os alunos em objetos de conhecimento no processo avaliativo, para que eles sejam capazes de reproduzir tudo aquilo que foi dito pelo professor, sem a opção de interferir em momento algum para saber se realmente está entendendo o conteúdo. Servindo, só apenas como um material avaliativo no processo metodológico do professor, para mostrar que os alunos estão aprendendo mesmo o assunto de acordo com a metodologia utilizada pelo docente.

Essa relação no cotidiano escolar, mostra que o professor tem um grau de autoridade perante os alunos, impondo complexidade nas atividades, para que os alunos tenham uma dificuldade, em relação de como resolver as avaliações, trazendo nenhum conhecimento real e sim atrapalhando na assimilação do conteúdo.

Mas para que isso seja quebrado, é importante que o docente tenha uma relação maior de companheirismo e compreensão diante dos alunos, para que o trabalho entre eles seja um processo agradável de ser desenvolvido em sala de aula, pois a turma tendo um bom resultado, mostra que o professor soube trabalhar bem com a turma, e que seu desempenho está de acordo com os resultados, no qual pode ser medido, produzindo uma classificação na qual a professora é exposta. Portanto ao avaliar, a professora também está sendo avaliada.

Com vários tipos de instrumentos avaliativos existente, muitos são utilizados pelos professores para medir o grau de compreensão dos alunos, no qual eles consegue medir, classificar o conhecimento que o aluno adquiriu durante o aprendizado numa determinada disciplina. Mas, muitos professores não consegue encontrar outras maneiras de avaliar os alunos, pois estão acomodados com os quais existem.

Que respostas existem nas perguntas que faço?

Em todo momento do texto, a análise até agora sempre realiza evidencia diante a avaliação classificatória como um processo social, marcado pela dinâmica de produção de conhecimentos, onde o aluno é colocado em um determinado nível de acordo com o seu resultado nas atividades, portanto não se preocupa com os progressos de cada um, mas em mostrar os seus resultados de acordo com um padrão geral.

A terceira avaliação citada no texto é a avaliação qualitativa, que é um modelo que compreende que o aprendizado não está caracterizado por boas notas, mas sim pela compreensão e assimilação do objeto de estudo. Mas esse modelo de avaliação, continua sendo uma prática classificatória, a única diferença é que na avaliação classificatória, o aluno não podia interferir na avaliação, já na avaliação qualitativa, o aluno se vê como um participante ativo nesse processo de aprendizado, no qual se julgará perante sua consciência.

Desafios para uma prática tecida no cotidiano

            É na escola que os docentes encontram pistas e evidências de que a avaliação precisa ser transformada, e é diante de quem utiliza esse método, que a transformação ocorrerá mais rápido, pois são os professores que ver a necessidade de melhorar a avaliação, de acordo com o contexto escolar envolvido. Seria interessante procurar maneiras de avaliar o aluno ao todo, não só pelo método classificatório, onde as notas do aluno medi seu conhecimento. Mas também não excluir esse método, onde ele pode ser utilizado como mais um recurso auxiliar que forneça um retorno de como o avanço da aprendizagem do aluno.

Acredito eu, que esse método não seja tão eficaz e eficiente na hora de avaliar um aluno ou até mesmo o professor, pois deixa muito vago esse critério de avaliação por vários motivos, tais como, o aluno filou a prova; o aluno estava com problemas familiares durante a realização da prova e o aluno compreendia todo o assunto, mais no momento da prova deu um branco. Portanto, levando em consideração esses motivos, fica complicado um professor avaliar o aluno de acordo com a sua nota da prova, porém o docente não sabe por que motivo o aluno se saiu mal na prova.

Portanto, levando em consideração o texto por completo, eu posso ressaltar que a autora citou pontos muito importante em relação a avaliação, pois o termo avaliar na minha concepção e até mesmo na minha vivência escolar, a avaliação estava associada a fazer prova, fazer teste, atribuir notas, repetir ou passar de ano, onde a assimilação do conhecimento era pela simples transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser paciente e receptivo.

Referência Bibliográfica

ESTEBAN, Maria Teresa. Ser professora: avaliar e ser avaliada. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Escola, currículo e avaliação. 2.ed. São Paulo, Cortez, 2005, p. 13-37.